Felicidade no Imperativo
Ter que existir entre essas duas forças, entre o imperativo agressivo e americano de felicidade e as crises em cascata dos últimos 12 meses foi mais do que desconfortável. Foi insustentável.
Por Philip Eil, para a The Week (Abril de 2021).
Tradução de Renato Pincelli.
HAVIA MUITOS BONS MOTIVOS para não estar feliz nos Estados Unidos durante o último inverno. Por volta de Janeiro, uma média de 3100 pessoas moriam diariamente de COVID-19. E, se você tivesse a sorte de ser poupado dos impactos mais agudos do vírus, ainda havia um estoque cheio de isolamento, ansiedade, tristeza e sentimentos de desesperança.
Enquanto isso, à medida que a pandemia corria solta, assistimos a uma insurreição violenta e mortal na capital do país, que serviu como episódio final da presidência mais descontrolada e rancorosa da minha vida. Após quatro anos vendo a nação se queimando, se batendo e se debatendo, o figurativo tornou-se real em 6 de Janeiro.
Em cima de tudo isso, uma recessão brutal, uma série de eventos climáticos raros e extremos e notícias sobre ameaças alarmantes porém não-climáticas-nem-pandêmicas à sobrevivência humana. Mais recentemente, os tiroteios em massa e os assassinatos policiais deram uma devastadora volta às nossas ruas e feeds de mídias sociais.
E mesmo com essa abundância de más notícias — que incluiram, para mim, meses de rejeição de um projeto de livro ao qual me dediquei durante anos — eu percebi em algum momento que estava me sentindo mal sobre o fato de não estar me sentindo feliz. Nos meus raros momentos de socialização, seja por telefone seja ao ar livre e mascarado, senti-me levemente envergonhado por não estar mais energético, mais faladeiro.
Nos momentos mais quietos a sós, notei uma espécie de auto-reprovação por não estar mais contente ou leve. Sabia que isso não era racional. Talvez mais do que em qualquer outra época da minha vida, esse inverno amaldiçoado deu a mim — e a milhões de outras pessoas — uma longa lista de razões bem lógicas para não se sentir particularmente animado. E no entanto…
Como alguém com um histórico de ansiedade e depressão, não fiquei totalmente surpreso por isso. Mas fiquei intrigado. Embora certamente parte dessa culpa possa ser rastreada até a fábrica de maus sentimentos que é a minha psique, não acho que isso explique tudo. Eu fiquei — e continuo — convencido de que parte da inadequação sobre felicidade que eu senti era um reflexo do país e da cultura em que vivo.
Por 36 anos, absorvi a pressão americana para ser claro, brilhante, feliz, perpetuamente risonho. Mas pela primeira vez, nos extremos de uma pandemia, a ideia de como eu deveria me sentir e como realmente me senti se separaram a ponto de abrir um abismo muito largo para ser ignorado.
Seria essa pressão americana para ser feliz real ou imaginária? De onde ela vem? Será possível ser feliz com tanta frequência quanto se espera dos americanos? E o que significaria rejeitar tudo isso?
A PALAVRA “FELICIDADE”, como se sabe, aparece numa das mais famosas sentenças da história dos EUA: “Consideramos essas verdades auto-evidentes: que todos os homens são criados iguais; que são dotados por seu Criador com certos direitos inalienáveis, dentre os quais estão a Vida, a Liberdade e a busca pela Felicidade.” Em algum momento, porém, aquela condição crucial contida nas palavras “busca pela” parece ter se dissolvido, deixando-nos com uma cultura que vê a felicidade como um direito natural e obrigatório.
É difícil apontar quando, exatamente, isso aconteceu. Entretanto, algo já estava visível para Harriet Martineau, teórica social britânica que, no livro Retrospect of Western Travel [Retrospectiva da Viagem Ocidental] descreveu “o incansável riso americano”. Para ela, “um dos mais raros personagens entre eles [os americanos], praticamente um tesouro para todos os seus vizinhos esportivos, é o homem que não gosta de uma piada”.
Na história deste país, “o sentimento, o imperativo… de ser feliz é profundamente arraigado e onipresente”, diz Daniel Horowitz. Ele é professor-emérito de Estudos Americanos no Smith College e autor do livro Happier? The History of a Cultural Movement That Aspired to Transform America [Mais feliz? A história do movimento cultural que aspirou a transformação da América].
No século XX, essa fome americana pela felicidade ganhou força. Foi o século passado que nos deu a Walt Disney Company (1923), as claques de riso no rádio e na televisão (anos 1940–50), O Poder do Pensamento Positivo, megabestseller de Norman Vincent Peale (1952), o icônico logo da smiley-face (1963), um jogo de tabuleiro chamado Happiness (1972), o Happy Meal [McLanche Feliz] do McDonald’s (1979), Don’t Worry, Be Happy, música no topo das paradas da Billboard (1988) e outras incontáveis diretrizes tangíveis e intangíveis para se animar. Em 2001 o escritor John Perry Barlow notou que “quase todo mundo neste país sente uma pressão esquisita e invisível para buscar a felicidade”. Barlow acrescentou que, ao chegar aos 30 anos, ficou “aparente que minha canseira da busca pela felicidade poderia ser uma forma sutil de traição”.
Isso tudo, veja bem, foi antes do lançamento do iPhone em 2007 e do surgimento das redes sociais — Facebook (2004), Twitter (2006), Instagram (2010), Snapchat (2011), Tiktok (2016) — , que turbinaram o nosso imperativo nacional de felicidade. Agora não eram só os cartazes publicitários, as revistas, as TVs e os rádios que nos diziam para nos animar. Eram máquinas hiper-inteligentes, ligadas à internet, que cabem em nossos bolsos e nos fornecem feeds sem fim de pessoas sorridentes, que parecem estar aproveitando o melhor de suas vidas despreocupadas. E como se essas redes sociais não fossem incentivo o bastante, você ainda pode assinar plataformas como Happify, Happy e Happier, frequentar exposições de felicidade ou escolher um dentre os incontáveis livros de como-ser-feliz. Tudo para continuar no caminho da felicidade duradoura.
Daí, veio 2020.
E com ele vieram as mortandades diárias e os lockdowns e os funerais via Zoom e os desempregos catastróficos e os toques-de-recolher (sem relação com os lockdowns por COVID) e os helicópteros da polícia zunindo e uma tentativa coordenada de subverter os resultados de uma eleição decidida legalmente e ondas de burnout e raiva e estresse pós-traumático e surtos de suicídio juvenil. Na primavera passada, aprendemos que 1 em 3 americanos apresentam sinais clínicos de ansiedade ou depressão, o que, conforme o Washington Post, “sugere um salto enorme em relação a antes da pandemia”. Em Junho, um levantamento descobriu que os americanos estavam mais infelizes do que nos últimos 50 anos.
Então eu passei a suspeitar de que o que eu percebi durante o inverno em meu cérebro que mora em Rhode Island era parte de um fenômeno muito maior, que ocorre nacionalmente. Passei a vida inteira sendo bombardeado com exortações a sentir alegria, das pessoas que me pedem para “sorrir” nas fotos às plateias delirantemente alegres de programas como Ellen e The Price is Right. Porém, subitamente, a realidade tinha outros planos.
Ter que existir entre essas duas forças, entre o imperativo agressivo e americano de felicidade e as crises em cascata dos últimos 12 meses foi mais do que desconfortável. Foi insustentável. Alguma coisa tem que mudar.
NÃO É POSSÍVEL se livrar de uma carga que você nem percebe que carrega. Para mim, foi terapêutico ouvir que não sou doido: realmente existe uma intensa, enorme pressão para ser ou, pelo menos, parecer feliz nos Estados Unidos. “O mundo ocidental geralmente valoriza a felicidade”, explicou-me Peter Stearns, “mas [nos Estados Unidos] temos uma abordagem particularmente intensa disso.” Stearns é professor de História na George Mason University e autor de Happiness in the World History [Felicidade na História do Mundo].
Andrew Solomon, escritor e professor de Psicologia na Columbia University, me contou que viajou por vários países para promover seu livro, O Demônio do Meio-Dia. Ele percebeu então que, “exceto a América [do Norte] não havia nenhum lugar onde eu sentia que a fibra moral de alguém era colocada em questão pelo mero fato da tristeza [ocorrer].” Só ouvir esse fato reconhecido abertamente foi como um poderoso pontapé inicial.
Existem meios que, individual e coletivamente, podemos usar para reduzir a pressão que existe ao nosso redor.
Primeiro, já passou da hora de examinarmos o que se passa por felicidade nos EUA — e isso começa com aquelas famosas palavras da Declaração de Independência. Numa TED Talk de 2017, a historiadora Caroline Winterer argumenta de maneira convincente de que a “felicidade” mencionada na Declaração da Independência não se referia ao estado emocional pessoal e privado que associamos hoje à palavra.
Em vez disso, a referência era ao conceito de felicidade pública, do século XVIII. Nas palavras de Winterer isso significa “todo cidadão pensando no bem maior, pensando na sociedade e pensando sobre as estruturas de governo que criariam uma sociedade que fosse pacífica e que permitiria a prosperidade de tantas pessoas quanto possível.” Ouvi-la em seu breve discurso pode ajudá-lo a reagir contra a sensação absurda porém persistente de que você meio que decepciona o país se estiver infeliz.
Além disso, pode ser bom pensar mais claramente sobre a espécie particular de felicidade que frequentemente nos empurram em nossa sociedade movida a consumo. Nem sempre é uma pressão para estar contente ou satisfeito com o que se tem, disse Dennis Tirch, terapeuta, escritor e fundador do Center for Compassion-Focused Therapy.
Para Tirch também não é necessariamente uma pressão para sentir-se feliz pra valer na presença de sua família só pela proximidade ou feliz com seu corpo só por ser saudável. “Existe um tipo de felicidade que é sobre motivação e aquisição e competição”, diz o terapeuta. Se você sente que sua felicidade parece insuficiente, é válido se perguntar: “estou me condenando por não alcançar qual tipo de felicidade, especificamente?”
Outra peculiaridade de nossa cultura obcecada pela felicidade é que não passamos muito tempo falando sobre o que a palavra realmente significa. Daniel Horowitz me ensinou que os psicólogos distinguem o conceito em dois tipos diferentes: a felicidade hedônica e a felicidade eudaimônica. A primeira, hedônica, é aquela sensação curta e intensa que obtemos de um pedaço de chocolate, um tapinha nas costas ou por assistir nosso time favorito ganhando um campeonato. A segunda, a eudaimônica, é mais firme e mais sutil: uma sensação de contentamento baseada em trabalho e atividades que nos dão propósito, sentido, satisfação. Você pode ter a sorte de atingir a felicidade hedônica de vez em quando. Mas mirar na felicidade eudaimônica é algo muito mais sustentável e controlável.
Outro momento eureca, para mim, foi me dar conta de que, em todos esses anos vivendo sob a pressão de ser feliz, nunca realmente conversei sobre as expectativas realistas, sobre quantas vezes eu posso alcançar a felicidade. Agora tive a chance de perguntar aos especialistas uma pergunta que só me ocorreu recentemente: é possível, fisica ou psicologicamente, ser tão feliz quanto se exige de nós nessa cultura? A resposta, que não surpreende, é “não”.
Seres humanos são feitos para experimentar uma ampla gama de emoções, alertou-me Nyasha Graymon-Simpson, professora de Psicologia e Estudos Africanos no Goucher College. “Nossas tentativas de ser e/ou parecer felizes 24/7 [i.e., 24 horas por dia, 7 dias por semana] estão fora de equilíbrio com nosso design natural”, disse ela. “Ser completamente humano envolve a incorporação de uma vida emocional variada”, conclui. Para Jacqueline Mattis, “seríamos mais ricos enquanto cultura se reconhecêssemos que não vivemos num mundo emocionalmente binário.” Mattis é professora de Psicologia e chefe de departamento na Rutgers University.
Parece que não sou o único interessado em questionar as expectativas irrealistas de felicidade na era da COVID-19. Desde o ano passado, fiquei tocado por ver uma crescente consciência e discussão em torno do conceito específico de “positividade tóxica”, a pressão nociva de se sentir bem em meio a circunstâncias que merecem emoções negativas. Ao longo do ano passado, matérias para introduzir e discutir o assunto foram publicadas no The Washington Post, The Cut, Bustle, CNN, Elle, entre outros. Como declarou um psicoterapeuta à Refinery29: “Se você tenta se livrar das emoções ruins, você danifica todo o seu mundo interior”.
COM O NÚMERO cada vez maior de americanos vacinados, dificilmente é cedo para pensar no que está para acontecer depois de tudo isso. A felicidade, e a pressão para representá-la diante dos outros, é uma lente pela qual veremos nosso futuro pós-COVID.
Existe um campo inteiro da Psicologia que tem estudado os efeitos da quarentena, conforme me contou Mattis. Dentro dos próximos meses e anos, seria sábio de nossa parte seguir suas lições. Uma delas, segundo a professora de Psicologia, é que as pessoas que experimentaram um isolamento prolongado tendem a retornar com uma intensa sensação de desconfiança, raiva e depressão. Por isso, não é difícil prever que algumas pessoas vão se tornar extremamente irritadas diante das exortações pós-COVID para ser feliz.
A isso eu acrescentaria um serviço de utilidade pública em nome dos que são menos animados entre nós: Por favor, assim que a COVID passar, não diga pras pessoas levantarem a cabeça e serem felizes. Você não sabe como foi a experiência de alguém com a COVID e, de qualquer forma, a pessoa pode muito bem ser do tipo que não gostava de ouvir isso bem antes da pandemia.
Outro efeito do isolamento prolongado e que é normal para as pessoas, especialmente os jovens, é extravasar num jorro de irresponsabilidade eufórica (talvez isso ajude a explicar as impressionantes multidões de spring breakers vistos em Miami no mês passado). Mattis diz que seria inteligente para nós como cultura — como comunidades e como famílias — criar consciência sobre nossas reações.
“Nós certamente precisamos ter limites como cultura e como país”, diz ela. Mas também devemos antecipar essa reação natural de quem ficou preso, isolado em lugares fechados. Precisamos “encontrar maneiras compassivas de responder aos jovens como sociedade, para não acabar disciplinando-os por viver fora de uma resposta normal. Por serem humanos.”
Baseado no que sabemos sobre os Roaring Twenties [Os Loucos Anos 1920] que se seguiram à Gripe Espanhola, Stearns me disse que não ficaria surpreso se “depois de passar mais de um ano sob uma tensão tremenda, quiséssemos alguns anos de relaxamento”.
Na mídia, já há algumas vozes fazendo sua parte para que isso aconteça. Em Março, um artigo no Vox proclamou que “Este pode realmente ser o melhor verão de todos os tempos”. Na capa de Abril de 2021 da Town and Cowntry, vemos uma foto de uma Diana Ross sorridente e dançante, com a manchete: “Lembra da Diversão? Prepare-se para seu Retorno”. Recentemente, no New York Times, David Brooks escreveu: “estou… convencido de que a segunda metade deste ano será mais fantástica do que podemos imaginar.”
Ao ter essas conversas, senti uma pontada de preocupação: nossa cultura não vai ganhar nenhuma inteligência emocional por meio desse trauma compartilhado. Nosso imperativo de felicidade voltará mais forte do que nunca.
Solomon, por sua vez, alerta contra a equação de vacinações e reduções de contaminações como uma receita mágica para a felicidade. “A sombra da COVID será longa”, anuncia. A razão é bastante clara: se você passou um ano inteiro pensando que poderia morrer a qualquer momento ou que outros podem morrer por causa do que você fez ou que seus entes queridos podem morrer, o efeito dessa ansiedade prolongada não vai simplesmente desaparecer. Seu cérebro foi modificado por essa experiência. “Isso não quer dizer que você nunca mais será feliz”, lembra Solomon. “Mas será um processo longo e lento, que vai acontecer em fases.”
O otimista em mim me diz que esse momento de crise poderia nos dar uma oportunidade para criar uma sociedade mais empática, mais sincera emocionalmente. “Uma cultura saturada com felicidade torna difícil para as pessoas lidar com a tristeza, em si mesmas e nos outros”, escreveu Stearns num artigo de 2012 para a Harvard Business Review. Os últimos 12 meses trouxeram aos americanos desafios emocionais inegáveis e onipresentes, de nossas experiências de isolamento ao luto persistente e a uma frequente (e inteiramente racional) hipocondria. Talvez esse momento de sofrimento compartilhado vá criar um cantinho no espaço da vida americana para a tristeza — ou, pelo menos, qualquer coisa que não seja alegria radiante.
Se me permitem uma espécie de auto-promoção, posso dizer que minhas próprias tentativas de largar as rédeas na busca pela felicidade tiveram o efeito meio contra-intuitivo de me deixar mais confortável com o mundo. Em outras palavras, mais feliz.
Viver nestes tempos de COVID me deixou mais ciente da influência (modesta, porém tangível) que tenho sobre as vidas emocionais de amigos, irmãos, colegas de trabalho e, talvez o mais importante, parceiros românticos. Em pelo menos uma ocasião, durante aqueles meses sombrios, tive a oportunidade de compartilhar uma mensagem com alguém próximo a mim: “embora certamente eu queira vê-lo tão feliz quanto possível, não vou julgá-lo nem ficar decepcionado caso esteja triste”. Disse-lhe que o amaria igualmente, que estaria à sua disposição, independente de como ele se sentisse ou aparentasse em qualquer dia. Dizer isso a alguém — e, em troca, ouvir o mesmo — foi revelador. Esclareceu uma das minhas principais crenças a respeito do amor: ele não insiste que seu amado seja brilhante e animado o tempo todo. Ele dá espaço à realidade natural da infelicidade.
Talvez essas conversas sejam uma das razões por trás de uma alta na satisfação com relacionamentos durante a COVID, revelada por uma recente pesquisa. Mattis me ajudou a entender por que dividir tal mensagem com as pessoas ao seu redor pode ser um presente. “Uma coisa sobre a pressão de ser feliz o tempo todo é que isso exige que nós usemos máscaras, o que também exige que nunca tenhamos que realmente ver [uns aos outros]”.
Essa ideia aplica-se especialmente nas mídias sociais onde, como diz Solomon, nossa tendência a transmitir imagens de felicidade cristalina “atrapalha e aprisiona as pessoas que se colocam nessas imagens e machuca as outras, que sentem que não podem viver à altura delas.”
Claro, teremos muitos tipos de desafios à nossa espera numa sociedade em que sejamos mais emocionalmente sinceros uns com os outros. Mas também há um grande potencial de liberdade. E, pelo menos em teoria, existe algo mais americano que isso?
PHILIP ELI é jornalista freelancer e vive em Providence, Rhode Island. Foi editor de um semanário independente, o “Providence Phoenix”. Com o fechamento do jornal impresso em 2014, passou a atuar de maneira autônoma, com matérias publicadas em “The Atlantic”, “Men’s Health”, “Vice” e “Columbia Journalism Review”, dentre outros. Este artigo sobre o imperativo americano de felicidade saiu na revista digital “The Week” em 19/04/2021.